Temas dos painéis: |
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1.º Painel - Liberdade e Segurança: revisitando John Locke e Thomas Hobbes.
A ideia será colocar em confronto estas duas questões, atendendo à época que atravessamos, época esta em que o valor Segurança parece ganhar terreno em relação ao valor Liberdade. Trata-se, no fundo, de procurar perceber que tipo de "contrato" estamos agora dispostos a estabelecer ou a aceitar e em que medida os Direitos, as Liberdades e as Garantias, tal como até aqui foram percepcionados(as), vão sofrer efectiva alteração.
2.º Painel: Que cidade? A lei do povo ou a lei dos povos?: de Aristóteles a John Rawls.
Houve um tempo em que cidadão era aquele que, maioritariamente, se enquadrava no padrão comum dos membros da cidade. Esse padrão comum, aproximando culturalmente e até religiosamente esses mesmos membros, era a base essencial para a definição da Lei que vigorava na comunidade. Foi a partir dessa base, mas tendo-a sempre como referência primeira, que se definiram direitos para as minorias, mas sempre na perspectiva de que até as minorias não só aceitavam as regras fundamentais da maioria, como amplamente as respeitavam. Esse tempo sofre claro "ataque", perante as realidades pluriculturais que vivem dentro do mesmo espaço, ou seja dentro da mesma cidade. Como integrar então, o que é manifestamente diferente? Como conciliar direitos? E como adaptar a própria democracia representativa a esta nova realidade? Evoluindo para uma base de representação comunitarista (deputados por comunidades nacionais, culturais, religiosas) ou mantendo a base de representação universalista?
3.º Painel - Nação ou Mundialização - Realismo e Idealismo: de Maquiavel a Kant.
Neste painel procurar-se-á reflectir sobre o papel da Nação, da Nação política, diante os novos desafios de um mundo cada vez mais sem fronteiras. A perspectiva será ainda a de perceber em que medida o realismo nacional maquiavélico pode, deve?, ser hoje visto como um neo-realismo com novos actores e intervenientes. E, nesse sentido, perceber igualmente se o idealismo kantiano, independentemente da ausência de paz, pode, ou não, servir de base à construção da nova realidade política da sociedade nacional e internacional.
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